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Por Instituto Escolhas

25 agosto 2017

3 min de leitura

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Pesquisa aponta impactos de transição para energia limpa no mundo

Estudo levou em conta utilização de 100% de fontes hidrelétrica, solar e eólica

Pesquisadores americanos da Universidade Stanford publicaram, nesta semana, na revista científica Joule, uma previsão sobre os impactos de uma transição limpa na matriz energética, utilizando cem por cento das fontes hidrelétrica, solar e eólica em 2050.

Segundo matéria publicada pela Folha de S. Paulo, ao colocar números no papel, os pesquisadores estimam que essa transição em favor das energias limpas seria capaz de evitar que a temperatura global suba mais do que 1,5ºC ao longo do século, além de criar 24 milhões de empregos no mundo e evitar milhões de mortes causadas pela poluição. O gasto global de energia ainda acabaria ficando um pouco inferior ao atual graças à eficiência superior de um sistema totalmente elétrico, que não envolve queima de combustíveis, e ao fato de que não seria mais necessário gastar energia para extrair petróleo e carvão do solo e processar esses insumos.

Para conseguir esse efeito, de acordo com a pesquisa, é necessário usar, em grande escala, tecnologias que já estão disponíveis. “A transição envolve a substituição dos sistemas atuais que já estão prestes a ser aposentados por instalações do tipo WWS (sigla inglesa de eólica, hidrelétrica e solar) e forçar a aposentadoria precoce dos sistemas poluentes. No segundo caso, inicialmente isso vai levar a um aumento de curto prazo das emissões de gases de efeito estufa (GEE), mas conforme o tempo passa essas emissões caem de uma vez para zero”, defende o pesquisador Mark Jacobson. “Além disso, quanto antes fizermos essa transição, mais rápido eliminamos os custos para a saúde ligados às emissões atuais, e esses custos são maiores que os da energia – portanto, economizaremos quantidades enormes de dinheiro apenas graças a isso”, completa.

De acordo com os pesquisadores, as usinas de energia eólica, com quase um quarto da geração de energia elétrica do planeta projetada para 2050, hidrelétricas com 4% e as usinas solares, com 21% da geração, seriam os principais pilares para a transição, bem como cobrir casas e instalações governamentais com painéis solares.

Atentando o olhar para essa questão, o Instituto Escolhas está prestes a lançar o estudo Qual o impacto de zerar as emissões do setor elétrico no Brasil?, que busca responder, justamente, qual o impacto econômico, social e ambiental para que o país possa cumprir sua meta assumida na Convenção do Clima de reduzir as emissões do setor elétrico, aumentando a participação de fontes renováveis.

Na plataforma #Quantoé? Gerar Energia, lançada em maio desse ano, o Escolhas possibilita ao usuário fazer simulações e escolher em quais fontes de energia o Brasil deve investir para atender sua demanda de eletricidade até 2025, a partir da combinação das setes fontes que compõem a matriz energética brasileira (hidrelétrica, solar, eólica, térmica a biomassa, térmica a gás natural, térmica a carvão e nuclear). A partir da combinação feita, a plataforma calcula o custo para o país e o impacto na conta de luz, além de mostrar as emissões de GEE relativas ao modelo escolhido.

Leia também: Debate sobre matriz energética traz desafios para segurança do setor elétrico no Brasil

 

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