Este site utiliza cookies para colher informações analíticas sobre sua navegação. As informações dos cookies ficam salvas em seu navegador e realizam funções como reconhecer quando você retorna ao nosso website e ajudar nosso time a entender quais seções de nosso website são mais interessantes e úteis.
Notícias
Por Instituto Escolhas
26 maio 2017
3 min de leitura
Morar longe é mais caro do que manter população nos centros urbanos
Leão Serva cita estudo do Instituto Escolhas em entrevista à CNB
Em matéria divulgada ontem (25/5), pela rádio CBN, o jornalista e escritor Leão Serva falou sobre os custos de morar longe dos centros urbanos e citou o estudo Quanto Custa Morar Longe, ainda em desenvolvimento, do Instituto Escolhas.
“Eu soube de um estudo que está sendo feito pelo Instituto Escolhas, que aborda exatamente a questão de levar a população para longe do centro da cidade. A partir do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), a vantagem das moradias serem construídas longe do centro é o custo dos terrenos. No entanto, depois é preciso levar hospitais, escolas, avenidas e subsidiar o transporte público”, disse Serva.
De acordo com o jornalista, morar longe é mais caro que morar perto ao computar todos os gastos. Ele conta que ao morar em Londres, sua primeira experiência se deu na periferia, mais distante do centro e com custo do imóvel mais barato, mas que, ao mudar para a região central, em um local mais caro, a qualidade de vida melhorou muito. “Ao fazer as contas, levando em conta o transporte mais barato e menor tempo de deslocamento, não saiu tão mais caro quanto se poderia imaginar”, lembra.
Serva explica que o aspecto dos centros serem abandonados, como na cidade de São Paulo, se dá pelo fato da cidade seguir o modelo americano, diferente da moradia em cidades europeias. “Em Londres, todos os prédios possuem lojas embaixo e apartamentos em cima. Já nos Estados Unidos, existe esse modelo de uma região que concentra apenas escritórios. Dessa forma, à noite, as ruas ficam vazias e mais perigosas e isso precisa ser evitado. Você precisa ter morador no centro, fazer com que ele seja habitado”.
Para Serva, é fundamental que os cidadãos possam estar próximos aos locais de trabalho e, ainda sobre o estudo, ele reforça que levar a população para longe não é eficaz. “As primeiras conclusões do estudo são assombrosas, porque sai mais caro para o poder público construir moradias longe dos centros urbanos”, afirma.
Quanto Custa Morar Longe
O estudo, que está sendo realizado pelo Instituto Escolhas – com previsão de lançamento ainda para 2017 – pretende ajudar a entender o custo de morar longe dos centros urbanos para o poder público e para a sociedade.
A publicação se apoiará no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) e tem como finalidade entender se o programa está de fato levando em conta todos os custos dessa opção.
Os resultados já permitem observar que as localidades nas quais foram construídas moradias do MCMV se encontram em regiões cujo terreno é mais desvalorizado, aonde o tempo para se chegar no trabalho é normalmente superior à média e aonde as notas do IDEB também são inferiores. Com isso, os resultados indicam que apesar de beneficiados com uma moradia, as famílias não necessariamente têm uma melhora generalizada em seu bem-estar, dado que vão para regiões mais pobres e com pior infraestrutura e acesso.
Saiba mais em: Morar longe: pesquisadores mostram metodologia do estudo e Escolhas apresenta dados e propõe debate sobre estudo Quanto Custa Morar Longe
Notícias relacionadas
Juliana Brandão é a nova mestra em Economia da Cátedra Escolhas!
Inscrições para a Cátedra Escolhas de Economia e Meio Ambiente estão abertas
Restauração florestal na Caatinga pode gerar R$ 29,7 bilhões e ajudar a remover 702 milhões de toneladas de carbono da atmosfera
Fernando Queiroz conquista título de Mestre com pesquisa sobre a bioeconomia do açaí em Abaetetuba