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Bioeconomia
Notícias
Por Instituto Escolhas
23 abril 2025
2 min de leitura
Aprovem o PL 1990/24, para a Caatinga não virar deserto

A Caatinga corre o risco de virar deserto. Com o agravamento das mudanças climáticas, as secas têm se tornado mais frequentes e intensas, e a temperatura está subindo a cada dia mais. Se não agirmos urgentemente para reverter esse cenário, a fome e a sede aumentarão e levarão milhões de pessoas a abandonarem seus lares em busca de melhores condições de vida em outras regiões. 32 milhões de brasileiros vivem na Caatinga, bioma que apresenta 62% das áreas susceptíveis e 40% das áreas sob risco de desertificação no país.
A Câmara dos Deputados pode mudar esta história ao aprovar o projeto de lei – PL nº 1990/2024, que institui uma política nacional para a recuperação da vegetação da Caatinga. Replantar as matas ameniza os efeitos negativos das mudanças climáticas. Árvores, arbustos e plantas em beiras dos rios e nascentes protegem as fontes hídricas, pois evitam assoreamentos, diminuem a evaporação e ajudam a armazenar água no solo. O replantio também retira carbono da atmosfera, o que reduz o aquecimento global.
O PL nº 1990/2024 cria instrumentos e incentivos para que os governos e as pessoas replantem as matas da Caatinga. De autoria da Senadora Janaina Farias (PT/CE) e já aprovado no Senado Federal, o PL encontra-se na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Cãmara dos Deputados, sob a relatoria do Deputado Fernando Mineiro (PT/RN).
Estudo do Instituto Escolhas mostrou que a recuperação de 1 milhão de hectares na Caatinga pode gerar R$ 29,7 bilhões em receita líquida, criar 465,8 mil empregos, produzir 7,4 milhões de toneladas de alimentos e remover 702 milhões de toneladas de carbono da atmosfera. É possível conciliar a recuperação das matas da Caatinga com o desenvolvimento econômico do Nordeste.
A Caatinga não pode virar deserto. Para isso, nossos parlamentares precisam aprovar o PL 1990/24.