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Por Instituto Escolhas

20 fevereiro 2017

3 min de leitura

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Professor de universidade alemã vem à São Paulo para novo curso de extensão

A economia pode e deve ser parte da solução para alcançar o nível de qualidade ambiental que as pessoas desejam. É o que defende o pesquisador Timo Goeschl, PhD em Economia pela Universidade de Cambridge e professor de Economia do Meio Ambiente no Departamento de Economia (Instituto Alfred Weber), da Universidade de Heidelberg, na Alemanha. Goeschl vem à São Paulo em março para ministrar o curso de extensão Economia do Meio Ambiente: Fundamentos Analíticos e Evidências Experimentais – que integra a Cátedra Economia e Meio Ambiente, resultado da parceria entre Instituto Escolhas e Insper.

De acordo com Goeschl, quase sempre há fatores econômicos na raiz da degradação ambiental. A qualidade ambiental está sob muita pressão em muitas partes do mundo e isso acontece inclusive em países de rápido desenvolvimento como o Brasil. Por isso, trazer uma abordagem econômica para questões ambientais é absolutamente essencial, na visão do pesquisador. “Qualquer política que negligencie a economia da questão ambiental está fadada a ser mal executada, seja porque atinge pouco ou porque exige sacrifícios econômicos excessivos de pessoas”.

Mas parte do papel da economia também é demonstrar àqueles que pensam que a política ambiental prejudica a prosperidade que os investimentos em qualidade ambiental podem ter ricas recompensas sociais, segundo o especialista. “Minha expectativa é de que os alunos saiam desse curso com uma melhor compreensão do papel que a economia pode desempenhar na política ambiental, em quais questões os economistas ambientais estão envolvidos e como as experiências econômicas podem nos ajudar a encontrar respostas”, contou.

Novos conceitos

O curso ministrado por Goeschl será conduzido em duas partes. Na primeira, será desenvolvida uma mentalidade econômica para os problemas ambientais. “Ecologistas e economistas, por exemplo, analisam os problemas ambientais de maneiras muito diferentes. Então, o que o economista enxerga quando vê problemas ambientais? Isso nos levará a alguns conceitos básicos, como externalidade, bens públicos e recursos de propriedade comum”, explica Goeschl. Segundo ele, aplicados a problemas ambientais específicos, esses conceitos trazem algumas percepções importantes e implicações políticas.

A parte 1 do curso também levará aos alunos a difícil questão de como fazer o meio ambiente “ser levado em conta” em termos econômicos, ou seja, como encontrar maneiras de atribuir valor monetário à degradação ambiental – ou políticas para proteger o meio ambiente.

Na segunda parte do curso, os alunos conhecerão mais sobre o que a economia experimental pode oferecer para responder às questões-chave levantadas no início. “Veremos que há pelo menos três razões para usar experimentos econômicos para a política ambiental. Às vezes, a evidência empírica que precisamos para decidir sobre uma política é insuficiente. Ou gostaríamos de testar como um regulamento pode funcionar, ou queremos descobrir algo sobre as preferências da população para certos resultados regulatórios. Para cada uma dessas razões, os experimentos começam a fornecer informações importantes, tanto para economistas como para formuladores de políticas”, disse Goeschl.

Voltado prioritariamente a economistas e estudantes de economia, o curso é gratuito e acontecerá de 21 a 30 de março de 2017, às terças, quartas e quintas-feiras, das 9 às12h30. As inscrições estão abertas até 10 de março no site do Insper. Para se inscrever, basta clicar aqui.

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