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Por Instituto Escolhas

17 março 2017

3 min de leitura

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Escolhas apresenta estudo para Grupo Desmatamento Zero

Objetivo é aperfeiçoar trabalho, que será lançado no segundo semestre

O Instituto Escolhas aproveitou a primeira reunião no ano do Grupo Desmatamento Zero (DZ), formado por um conjunto de organizações que trabalham com o tema, realizada no final da semana passada, em Brasília, para apresentar a proposta e alguns resultados preliminares do estudo que está desenvolvendo para medir o impacto econômico de zerar o desmatamento no Brasil. O objetivo, segundo o diretor de Relacionamento com a Sociedade do Instituto Escolhas, Sergio Leitão, é estabelecer diálogo com as instituições para que deem sugestões e apontem questões que ajudem a qualificar os dados que estão sendo produzidos, aumentando sua capacidade de intervenção e interação com os setores governamental e agropecuário, diretamente responsáveis pela implantação de políticas que levem ao fim do desmatamento no país.

Na ocasião, Luís Fernando Guedes Pinto, gerente de Certificação Agrícola do Imaflora, um dos responsáveis pelo estudo, apresentou como o estudo está sendo realizado e os cenários consideramos, desde o mais extremo – zerar todo o desflorestamento hoje, ilegal e legal – até a NDC brasileira (contribuição nacionalmente determinada do país de redução de emissões), na qual o governo se comprometeu a zerar o desmatamento ilegal até 2030.

Além da equipe do Imaflora, o estudo conta com a participação do professor do Departamento de Ciência do Solo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Gerd Sparovek, e do economista especialista em política agrícola, Joaquim Bento de Souza Ferreira Filho. A partir de um período que vai de 2005 até 2015, serão considerados, entre outras variáveis, o histórico do desmatamento em três biomas (Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica) e por estado, a evolução da agricultura e das pastagens no país e também o crescimento do PIB brasileiro no período. Com esses dados em mãos, um modelo simulará o desmatamento entre 2016 e 2030 e seus impactos na economia para os vários cenários e as consequências disso em diferentes setores.

Os dados foram retirados das estatísticas oficiais da Matriz de Insumo-Produto do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cujos resultados trazem uma visão detalhada de tudo o que o Brasil produz e permitem observar a ligação entre os diferentes setores da economia. A Matriz utiliza informações a partir de pesquisas agropecuárias (como o Censo Agropecuário), pesquisas econômicas na indústria, levantamentos populacionais, entre outras.

Durante o encontro em Brasília, Leitão e Guedes Pinto responderam perguntas sobre as premissas do estudo, os cenários escolhidos, e questões que versaram, por exemplo, sobre se seriam contemplados aspectos relacionados à valoração da floresta nos resultados bem como o impacto do desmatamento no clima.

Participaramda reunião, Paulo Moutinho e Raissa Guerra (IPAM), Cristiane Mazzetti (Greenpeace),  Paula Bernasconi e Sérgio Guimarães (Instituto Centro de Vida-ICV), Karen Oliveira (The Nature Conservancy-TNC), Frederico (WWF-Brasil), além da economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e conselheira científica do Instituto Escolhas, Sandra Paulsen, e (via Skype) Paulo Barreto (Imazon).

 

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