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Notícias
Por Instituto Escolhas
06 setembro 2016
2 min de leitura
Queda na produção de sacolas plásticas mostra efeito da “lei das sacolinhas” em São Paulo
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De acordo com Alfredo Shmitt, da Abiel, empresa de embalagens plásticas, em matéria publicada na Folha de S. Paulo, na última semana, desde que a cobrança por sacolas plásticas foi estabelecida em abril de 2015, a produção de sacolas destinadas para a cidade de São Paulo caiu 60%, fazendo com que a capital paulista responda por 10% do consumo no país. Para Sergio Leitão, diretor de Relacionamento com a Sociedade do Instituto Escolhas, essa queda significa que a lei fez efeito, cumprindo seu objetivo de reduzir o consumo de sacolas plásticas.
Por outro lado, segundo uma pesquisa do Datafolha, encomendada pela Plastivida – uma das maiores opositoras da lei paulista –, metade dos paulistanos que compram em mercados dizem pagar sempre pelas sacolas plásticas. “Isso explica porque o consumo caiu, já que a outra metade deu um jeito de se livrar de usar a sacola plástica, mostrando, também, que a lei fez efeito”, conta Leitão.
Entretanto, ainda de acordo com a pesquisa, cerca de 61% dos entrevistados acham que os mercados deveriam se responsabilizar ficando com a conta. Apenas 17% aprovam a cobrança. Para Leitão, é preciso ter uma lei para que as pessoas mudem hábitos de consumo que geram impactos negativos. “Na consciência pura e simples não vai. E são só R$ 0,08 centavos o valor de cada sacolinha”, afirma. “Então, podemos dizer: essa lei pegou. Por quê? Porque quem a aplicava na outra ponta, os supermercados, estavam a fim de fazer valer o escrito. O poder público só regulou a conduta”, completa.
No mês de junho, Leitão falou sobre o tema em entrevista à rádio CBN, criticando a então aprovação da Câmara Municipal de São Paulo referente ao projeto que impedia a cobrança das sacolas plásticas e fez um apelo para que o prefeito da cidade, Fernando Haddad, vetasse o projeto. “Quando não pago pela sacola, estou reforçando minha falta de compromisso e a socializando”, afirmou Leitão. Já em julho, Haddad vetou o projeto de lei que permitia a volta das sacolinhas plásticas nos supermercados da cidade e obrigava o fornecimento gratuito.
As sacolinhas com material bioplástico, utilizadas atualmente, foram adotadas pela prefeitura de São Paulo para alavancar a coleta seletiva na cidade e reduzir a quantidade de resíduos que são encaminhados para os aterros.
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