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Notícias
Por Instituto Escolhas
13 outubro 2016
2 min de leitura
Terras indígenas podem render até US$ 1 trilhão ao Brasil
Relatório do WRI aponta que assegurar direitos à terra aos povos indígenas traz benefícios econômicos, sociais e ambientais
O novo relatório do World Resources Institute (WRI) revela que os investimentos necessários para assegurar a posse dos direitos à terra aos povos indígenas da Amazônia podem gerar bilhões de dólares em retorno – do ponto de vista econômico, social e ambiental. A publicação, Climate Benefits, Tenure Costs: The Economic Case for Securing Indigenous Land Rights, quantifica o valor econômico na Colômbia, no Brasil e na Bolívia de se assegurarem os direitos de posse da terra às comunidades indígenas que vivem nas florestas e as protegem.
“Ao buscar o crescimento econômico e a ação para mitigar os efeitos da mudança climática, precisamos reconhecer o profundo valor de se assegurarem os direitos à posse da terra para aquelas comunidades que melhor protegem nossas florestas”, afirmou Lord Nicholas Stern, Presidente do Instituto de Pesquisa Grantham, da London School of Economics.
Os dados da análise de correspondências do relatório mostram que o desmatamento médio anual na Bolívia, no Brasil e na Colômbia foi significativamente inferior em florestas cuja posse foi garantida aos povos indígenas, em relação ao desmatamento em terras semelhantes sem posse garantida: 35 % mais baixas na Bolívia; 40% mais baixas no Brasil e 50% mais baixas na Colômbia.
A partir desta análise, os autores calcularam o valor econômico das vantagens, em termos de remoção de carbono e de serviços de preservação do ecossistema, nos locais onde a posse da terra aos povos indígenas foi garantida na Amazônia, correspondendo a bilhões de dólares. O relatório revela que as vantagens totais estimadas da posse garantida das terras aos povos indígenas na Bolívia são de US$54 a 119 bilhões; no Brasil, essas vantagens são de US$523 bilhões a 1,165 trilhão; e na Colômbia, são de US$123 a 277 bilhões durante os próximos 20 anos.
“Assegurar os direitos à posse das terras aos indígenas não é apenas uma estratégia de mitigação eficaz dos efeitos da mudança climática, mas também um bom investimento”, disse Naoko Ishii, Diretor Executivo e Presidente do The Global Environment Facility (GEF).
Confira o relatório completo aqui.
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