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Por Instituto Escolhas
12 julho 2016
2 min de leitura
Série de reportagens “Terra Bruta” traz conflitos rurais em Estados brasileiros

O jornal O Estado de São Paulo está publicando nesta semana uma série de reportagens especiais que abordam os conflitos rurais por terras e madeira, expondo a violência que mata homens e árvores nos Estados de Mato Grosso, Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia e Tocantins.
Chamada de “Terra Bruta”, a série aponta como o preço do hectare e da madeira acirra a concorrência entre guaxebas (tradicionais matadores de aluguel) e catingas (milicianos), gerando uma onda de assassinatos e conflitos em áreas afastadas em que não há proteção institucional ou apoio da rede de advogados ligados à questão do campo. Dados do poder público e de entidades da sociedade civil revelam que pelo menos 1.309 pessoas foram mortas em conflitos rurais no Brasil desde 1996 — o equivalente ao volume de árvores cortadas na Amazônia a cada 30 segundos, ininterruptamente, nas duas últimas décadas. Parte considerável dos assassinatos é cometida por grileiros e grandes proprietários de terra. Os dados apontam que 97% das mortes são de camponeses e indígenas.
O Estadão publicará, diariamente, a série de reportagens até o próximo domingo (17). Os primeiros capítulos (“Catingas e Guaxebas”, “Chuva de Veneno” e “Milícia Legalizada”) já estão disponíveis. Até o fim da semana é possível conferir as matérias “Mortes Camufladas”, “Saque na Floresta”, “Destruição Liberada”, “Curral Clandestino” e “Drama Guarani-Caiová”, que abordarão os crimes por terra camuflados como homicídios comuns nos centros das cidades, no Pará, como a economia do crime na floresta se movimenta e abastece um mercado paralelo e ilegal, no norte do Mato Grosso, a política na Amazônia construída pela lógica do crime contra a Floresta, entre outros temas.
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