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Notícias da Cátedra


Por Instituto Escolhas

24 março 2017

4 min de leitura

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Instituto Escolhas apresenta bolsistas da Cátedra Economia e Meio Ambiente

Foram selecionados quatro estudantes que desenvolverão projetos nas áreas de mobilidade urbana, combustíveis, produtividade agrícola e água virtual

O Instituto Escolhas realizou ontem (23/3) uma reunião com os estudantes selecionados no primeiro edital do Programa de Bolsas da Cátedra Economia e Meio Ambiente. De acordo com Lígia Vasconcellos, diretora Científica do Instituto Escolhas, os quatro alunos indicados, após avaliação de banca, terão a oportunidade, não apenas de realizar pesquisas, mas utilizá-las para fomentar o debate acerca dos temas propostos a partir do conhecimento que foi gerado.

Durante o encontro, Sérgio Leitão, diretor de Relacionamento com a Sociedade, fez uma apresentação sobre o Instituto Escolhas e a Cátedra Economia e Meio Ambiente, dando as boas-vindas aos estudantes. “O Escolhas identificou alguns problemas ao realizar o seus estudos: faltam dados e falta gente se preocupando com o tema meio ambiente nas faculdades de economia. Daí surgiu a ideia de que deveríamos estimular os estudantes a produzir trabalhos acadêmicos sobre meio ambiente, assim como aconteceu com educação há alguns anos, quando diversos trabalhos sobre o tema foram desenvolvidos”, afirmou Leitão. “Que vocês sejam os primeiros de vários bolsistas deste programa e os primeiros de vários economistas ambientais e que se dediquem ao tema”, completou.

Os bolsistas selecionados desenvolverão seus projetos para mestrado no decorrer de um ano. Bruno Santos, da Universidade de São Paulo (USP), abordará o tema do clima junto à produtividade, elaborando sua pesquisa “Mudanças Climáticas no Brasil: Efeitos Sistêmicos sobre a Economia Brasileira Provenientes de Alterações na Produtividade Agrícola”, cujo objetivo é medir os impactos econômicos na produtividade agrícola a partir do conceito de equilíbrio geral, ou seja, tendo como perspectiva o comportamento de oferta e demanda com base na economia em 2011. “Se chover 20% a mais em determinado período, a produtividade da cana-de-açúcar pode ser afetada. Da mesma forma como o aumento da temperatura em 1ºC pode afetar a produção de produtos e, assim, ter impacto na produtividade”, explica Santos.

DSC_5248Outro trabalho voltado para a área agrícola é o de Jaquelini Gelain, da Esalq/USP, que propõe a Análise do custo-benefício da Exportação de Água Virtual no Setor Agropecuário Brasileiro. Gelain explica que a água virtual é um conceito utilizado para fazer referência à quantidade de água utilizada, de forma direta ou indireta, na produção de algum bem ou serviço. “Quando pensamos na produção bovina, com o gado de pasto, por exemplo, há mais fatores a serem considerados em relação à água. Para cada quilo do gado, são gastos 20 mil litros de água. Isso porque incluímos toda a cadeia produtiva, como a água que o gado bebe, a água da chuva que tem efeito sobre o pasto, entre outros modos de gastos”, completa.

Os outros projetos, mais voltados às questões das cidades, serão elaborados por Ricardo Campante Vale, da USP Ribeirão Preto, que pretende calcular o custo da imobilidade urbana em São Paulo. “A ideia do projeto é calcular o custo de oportunidades das pessoas quando o trânsito está fluindo e quando não está. Isso interfere no custo social, no quanto as pessoas estão perdendo bem-estar por fatores como trânsito, poluição, estresse e ociosidade”, explica Vale. Já Roberto Amaral, da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EESP), apresentará o projeto “Veículos Movidos a Gás Natural no Brasil: Consequências para o Mercado de Combustíveis”, cujo objetivo é avaliar a queda de demanda de outros combustíveis e o impacto que isso causa na economia.

A ideia é que, em breve, os estudantes possam participar de um seminário promovido pelo Escolhas, a fim de apresentar seus projetos para receber contribuições de docentes do Insper e dos conselheiros do Instituto. O Escolhas também poderá proporcionar o contato com professores-pesquisadores da Cátedra e com gestores e especialistas dedicados ao tema ambiental. Além disso, é possível, também, que os alunos criem um sumário do estudo elaborado com o objetivo de disseminar suas informações de forma que seja acessível à sociedade. “A gente acredita que não adianta fazer estudos para deixá-los na prateleira da universidade”, disse Leitão.

O programa é realizado em parceria com o Insper e tem como finalidade incentivar a formação de profissionais que desenvolvam pensamento crítico e pesquisa de excelência sobre as questões socioambientais contemporâneas, a partir da abordagem das ciências econômicas.

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