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Por Instituto Escolhas

31 outubro 2017

2 min de leitura

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Estudo do Instituto Escolhas é destaque na Folha de S. Paulo

Qual o Impacto de Zerar o Desmatamento no Brasil? foi lançado ontem e reuniu especialistas para debater o tema em seminário

A Folha de S. Paulo publicou hoje (31/10) matéria especial no caderno Mercado sobre o estudo Qual o Impacto de Zerar o Desmatamento no Brasil?, lançado ontem pelo Instituto Escolhas, em seminário que aconteceu no auditório do Insper, em São Paulo. O evento foi uma parceria entre o Escolhas, o Insper e a Folha.

A matéria destaca os principais dados do estudo, segundo o qual acabar com o desmatamento na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica, principais biomas brasileiros para a produção agropecuária, teria um impacto de apenas R$ 46,5 bilhões o PIB acumulado do país até 2030. A cifra “corresponde a R$ 3,1 bilhões anuais, menos de um terço do subsídio incluído no Plano Safra 2017/18 (R$ 10 bilhões)”, ressalta a reportagem assinada pelo jornalista Marcelo Leite.

A modelagem do impacto no PIB partiu de dados obtidos com simulações sobre uso da terra produzidas por Gerd Sparovek, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), Vinicius Guidotti e Luis Fernando Guedes Pinto, ambos do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora). A partir da elaboração de cenários, o estudo traz mapas e tabelas por estado, indicando, ano a ano, qual a área disponível para a produção. Com menos terra disponível, o PIB cai, no entanto, apenas 0,62% em termos nacionais.

Conforme a matéria, Joaquim Bento Ferreira Filho, da Esaql-USP, explica que “a pecuária sofre maior impacto porque as terras disponíveis, na medida em que escasseiam, tendem a ser ocupadas por atividades mais rentáveis. Toda a expansão do cultivo de cana após o Proálcool, mesmo em território paulista, se deu sobre antigas áreas de pastagem”. No entanto, a reportagem destaca que “criar gado, em particular com a baixa produtividade da pecuária extensiva brasileiro (grosso modo, uma cabeça por hectare), gera menos renda que commodities como a soja e o milho. Esse eventual prejuízo para pecuaristas pode ser revertido com algum investimento em eficiência, aponta o estudo do Instituto Escolhas. Com ganho anual de 0,29% na produtividade da pecuária de corte e de 0,13% na leiteira já seria possível reverter as perdas na produção desses dois ramos, indica a simulação”.

A reportagem da Folha ainda lembra que a agropecuária nacional segue como o grande poluidor climático do país, gerando 74% de suas emissões de carbono. “Quanto mais o Brasil demorar para reduzi-las, mais caro lhe custará cumprir as metas do Acordo de Paris”, finaliza.

Os principais resultados do estudo estão disponíveis no relatório completo do estudo ou em seu sumário executivo. Veja também as apresentações do Imaflora e de Joaquim Bento Ferreira Filho.

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