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Por Instituto Escolhas

02 dezembro 2016

2 min de leitura

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Escolhas discute futuro da indústria em evento da CUT

Evento discutiu sindicalismo e meio ambiente em São Paulo

“Em um país em que o dinheiro é curto, como gastaremos para incentivar um conjunto de atividades que possam gerar empregos? Como será a indústria pesada no Brasil? Ela terá futuro? ”, questionou Sérgio Leitão, diretor de Relacionamento com a Sociedade do Instituto Escolhas, ontem (1º/12), durante o I Seminário Sindicalismo e Meio Ambiente, promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Paulo.

Sérgio participou do primeiro debate, junto com Dora Lima, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), e Vânia Viana, da Escola Dieese, e falou sobre o desenvolvimento das cadeias produtivas de baixo carbono. Lima e Viana também levantaram reflexões acerca das mudanças climáticas e pensar sobre o papel dos cidadãos nesse processo e na formação de coletivos para disseminar modelos sustentáveis. “Vale lembrar que o meio ambiente é finito, precisamos olhar para a capacidade de suporte do planeta e a nossa forma de consumo. Quando jogamos algo fora, por exemplo, precisamos estar cientes de que não existe fora”, afirmou Lima.

Leitão afirmou que é importante pensar a maneira como o Brasil tem se comportado e nos questionar o que será o emprego no momento em que as cadeias globais estão se desmanchando. “Se examinarmos os investimentos dos governos Lula e Dilma para a criação de empregos na siderurgia, nos depararemos com o montante de 500 bilhões de reais. A China, no entanto, investiu 600 bilhões de dólares. Essa diferença nos mostra o tamanho de nossos desafios e nos desafia a questionar a competitividade brasileira e os rumos que o Brasil poderá tomar”, disse Leitão.

O diretor do Escolhas falou, ainda, sobre a necessidade de entendermos o CO2 e a importância da transição para uma economia de baixo carbono a partir do apontamento de soluções. “Se não fizermos essas contas, a discussão fica no ideal, e o que Escolhas quer é colocar os números na mesa e apontar possíveis caminhos”, afirmou. Leitão adiantou que o novo estudo do Instituto, previsto para 2017, será sobre a energia com a baixa emissão de carbono. “O estudo trará previsões de como a indústria no país estará até 2050 e se apresenta de forma a querer um Brasil melhor para todos”, completou.

O evento teve como objetivo de oferecer subsídios teóricos e práticos para que subsedes, oposições sindicais, federações, sindicatos e movimentos sociais ligados à CUT-SP possam desenvolver ações que conjuguem a defesa do meio ambiente com a geração de emprego e renda, formulem e construam políticas públicas socioambientais para o Estado de São Paulo e ocupem diferentes espaços de participação e controle social ligados aos diferentes temários socioambientais.

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