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Por Instituto Escolhas

03 novembro 2016

3 min de leitura

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Desafios para descarbonizar país são debatidos em evento no Museu do Amanhã

Seminário teve apresentação do relatório atualizado do SEEG

Para Sérgio Leitão, diretor de Relacionamento com a Sociedade do Instituto Escolhas, o Brasil já está reduzindo as emissões de carbono. No entanto, isso não está sendo feito de forma correta. “Não houve planejamento para emitir menos e o modelo atual não é o desejado, ele ocorre por conta da crise econômica, com as indústrias deixando de operar no país. Com isso, há perda de capacidade econômica, de competitividade e perda de postos de trabalho”, disse durante painel Desafios para Descarbonizar o Brasil até 2050, no do 4º Seminário Nacional Sobre Gases de Efeito Estufa (GEE), no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro, realizado no último dia 27 de outubro.

Leitão abriu o debate do painel atentando sobre a importância de descarbonizar a economia brasileira de maneira que esse processo também resulte em maior prosperidade e desenvolvimento para o país.

De acordo com o diretor do Escolhas, é fundamental estabelecer um planejamento para que essa transição seja concretizada com ganhos econômicos. Ele aponta para a necessidade de se discutir o que é preciso para que a transição seja melhor ordenada e haja financiamento para que esse processo ocorra de forma a preservar empregos e gerar investimentos financeiros. “É preciso investir para fazer a transição. Desde preparar trabalhadores a adquirir equipamentos e maquinários para essa função é preciso ter um planejamento de investimentos. Nós já estamos descarbonizando, mas pelos motivos que não são os mais corretos. É necessário fazer com que o Brasil sofra o menos possível”, conta.

A questão da transição da economia de baixo carbono gera reflexões sobre o futuro da economia brasileira. Leitão afirma que há perguntas a serem respondidas sobre os próximos passos do Brasil. “Há toda uma área de pesquisa para dizer o que o país vai produzir se não conseguir manter a produção com alto consumo de energia. Onde a economia terá presença forte o suficiente para garantir força na balança comercial? Será que mesmo com a crise passando será possível restaurar a posição do Brasil no mercado?”, questiona Leitão. E sugere, ainda, que a junção de atividades da área agrícola com a área industrial – a chamada química verde –, pode ser uma das chaves para o futuro do Brasil.

O evento contou com a presença do Ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, e Blairo Maggi, Ministro da Agricultura, que falaram sobre a implementação da agenda de compromissos do país até 2030. Além disso, teve como objetivo de debater o futuro da agenda do clima e contou com a apresentação do relatório atualizado do Sistema Brasileiro de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima. Além O relatório do SEEG apontou um aumento de 3,5% das emissões brasileiras de gases de efeito estufa (GEE) em 2015. De acordo com o sistema, o Brasil emitiu 1,927 bilhão de toneladas brutas de GEE no último ano contra 1,861 bilhão de toneladas em 2014. Confira os resultados aqui.

A construção de uma economia de baixo carbono também será tema do Fórum Desenvolvimento e Economia de Baixo Carbono, que acontece no dia 23 de novembro, com realização do Instituto Escolhas, Insper e Folha de S. Paulo. Para participar, basta fazer sua inscrição aqui.

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