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Notícias da Cátedra
Por Instituto Escolhas
08 setembro 2022
3 min de leitura
Conheça os bolsistas da Cátedra Escolhas
Neste segundo semestre de 2022, três novos mestrandos foram selecionados para a Cátedra Escolhas de Economia e Meio Ambiente – fechando o grupo de bolsistas deste ano, que conta também com o paraense Vitor Marinho, selecionado no primeiro semestre.
Desde a sua criação, em 2017, a Cátedra já concedeu 34 bolsas de mestrado e doutorado, com o intuito de incentivar a pesquisa de excelência em temas situados na interface entre a economia e o meio ambiente. Damos boas-vindas aos novos bolsistas!
Governança da cadeia da soja
Cleyton Candeira é economista e mestrando em Planejamento do Desenvolvimento, na Universidade Federal do Pará (UFPA), onde desenvolve o projeto de pesquisa “Os efeitos da governança privada da soja na Amazônia Legal: um estudo de caso da Round Table on Responsible Soy”. Compreendendo que a certificação voluntária se tornou sinônimo de desenvolvimento sustentável pela mídia, Candeira considera fundamental estudar os efeitos reais desta associação no território amazônico.
“Estudar a Round Table é importante para fornecer dados empíricos sobre a ideia de desenvolvimento sustentável”, explica, “por isso, os resultados não só do meu projeto, mas dos demais colegas da Cátedra Escolhas e do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, têm a missão de fornecer informações e conclusões verídicas, confiáveis, não-viesadas e plausíveis para a sociedade”.
No caso da soja, o mestrando avalia que um “futuro sustentável” só é possível com a regulação de ponta a ponta da cadeia.
O potencial do cumbaru
Graciele Sbizero é geógrafa e mestranda em Economia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), onde desenvolve o projeto de pesquisa “Diagnóstico do circuito de comercialização e potencial produtivo da cadeia do cumbaru nos municípios de Nossa Senhora do Livramento e Poconé (MT)”. Foi em uma especialização que Graciele despertou para a importância do desenvolvimento de cadeias produtivas como garantia da permanência das populações tradicionais em seus territórios.
A partir daí, ela desenvolveu um projeto de pesquisa com foco na cadeia do Cumbaru/Baru. “O cumbaruzeiro produz um fruto de casca dura, com uma amêndoa em seu interior. Atualmente, essa amêndoa tem se destacado no mercado internacional devido ao seu alto valor nutricional, sendo considerado um ‘superalimento’”, explica.
Com seu estudo, Graciele quer contribuir para o desenvolvimento da cadeia, dada a carência de dados e informações sobre os principais circuitos de comercialização e seus parâmetros de mercado. “Ao realizar o mapeamento, é possível quantificar e valorar os recursos da biodiversidade e, assim, criar a possibilidade de pensar e propor políticas públicas voltadas a um modelo de desenvolvimento sustentável”, reflete.
Resgate das atividades econômicas amazônicas
Juliana Brandão é economista e mestranda em economia na Universidade Federal do Pará (UFPA), onde desenvolve o projeto de pesquisa “Potencialidades da Floresta. Um estudo sobre a industrialização baseada na biodiversidade na Amazônia na primeira metade do século XX.
O período estudado (do início do século até 1964) evidencia o apagamento sofrido pela região durante a Ditadura Militar, quando a crença do “vazio econômico” foi criada. “Poucas pessoas estão explorando essas atividades extrativistas, os produtos da floresta, no ponto de vista histórico. Isso é ruim, porque não sabemos qual foi o tipo de atividade econômica que um dia já funcionou ou deixou de funcionar”, explica.
Segundo Juliana, a região amazônica possui diferentes tipos de economia que não são pautadas pela lógica do mercado, mas pela lógica da solidariedade, da reciprocidade, da distribuição, das trocas e dos laços familiares. “É o papel da academia fazer essa investigação, porque nós podemos ter uma economia de mercado que funcione por outras lógicas e que sejam mais sustentáveis ainda hoje”, reforça.
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