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Por Instituto Escolhas

26 dezembro 2017

4 min de leitura

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Estudos do Escolhas em 2017 focam na redução de emissões por eletricidade e desmatamento

Em 2017, instituto lançou três estudos e uma plataforma online que ajudam a entender impactos econômicos e sociais de ações com benefícios ambientais

Neste ano, o Instituto Escolhas se dedicou à produção de trabalhos nas áreas de economia e meio ambiente, reforçando sua missão de qualificar o debate sobre sustentabilidade com análises dos impactos econômicos, sociais e ambientais. Dessa forma, o Instituto se consolidou como um think tank, contribuindo para as questões mais relevantes para o desenvolvimento do país, a partir de uma abordagem inovadora.

Em abril, o Escolhas lançou o estudo Impactos de Mudanças na Matriz Elétrica Brasileira, que buscou compreender o impacto de diferentes cenários de geração elétrica sobre a economia, emprego e as emissões de gases do efeito estufa (GEE) no Brasil. Um dos principais resultados do estudo aponta que a opção por uma matriz elétrica focada em fontes renováveis traz impactos líquidos positivos para a economia no médio e longo prazo. Segundo o estudo, entre 2011 e 2014, a oferta interna de energia elétrica no Brasil cresceu 11%, passando de 531 TWh para 591 TWh. Uma característica marcante no período foi a redução da participação da hidroeletricidade, que diminuiu 12,8% no período (de 428 TWh para 373 TWh).

Ainda dentro do tema de energia, a publicação do estudo Qual o impacto de zerar as emissões do setor elétrico no Brasil?, lançada em setembro, demonstra o esforço do Instituto em traduzir os impactos da transição para um setor elétrico com zero emissões de carbono até 2050 – transição essa que teria um importante papel na redução de emissões do setor de energia e praticamente não causaria impactos sobre o PIB e a renda familiar. De acordo com o estudo, o custo da transição para uma eletricidade carbono zero sobre o PIB seria pouco significativo, menos de 0,2% em 2050. O mesmo acontece para a renda das famílias, com um impacto menor do que 0,5% em 2050.

E para tornar acessível à sociedade, facilitando a compreensão dos números que englobam o setor elétrico brasileiro, o Escolhas desenvolveu a plataforma #Quantoé? Gerar Energia. De forma simples e fácil, a plataforma permite que a sociedade pense sobre quais fontes de energia o Brasil deve investir para atender à demanda de eletricidade até 2025. Nela, os usuários podem simular sua própria composição dentro de sete possibilidades de energia: hidrelétrica, solar, eólica, térmica a biomassa, térmica a gás natural, térmica a carvão e nuclear. E a ferramenta informa quanto seria o investimento necessário, quanto essa composição emitiria de gases de efeito estufa e qual seria o valor na sua conta de energia por megawatt-hora.

Além do tema de energia, o Escolhas também se dedicou à elaboração do estudo Qual o Impacto do desmatamento zero no Brasil?, lançado em outubro, em evento promovido em parceria com o Insper e a Folha de S. Paulo. Com auditório lotado, o estudo, que traz três cenários diferentes para reduzir o desmatamento no país, foi bem recebido pelos presentes.

O primeiro cenário, DZAbsoluto, aponta para o desmatamento zero imediato, enquanto o cenário DZ2 traz o desmatamento ilegal em terras públicas zerado até 2030 e o desmatamento em terras privadas na Amazônia e no Cerrado ocorrendo apenas sobre a vegetação nativa onde ele é permitido por lei e tenha maior aptidão agrícola. Já o DZ3, difere do anterior porque considera que o desmatamento legal em terras privadas na Amazônia e no Cerrado seguirá a tendência atual, independentemente da sua aptidão agrícola. Entre os principais resultados do estudo, figura o fato de que os impactos no PIB e nos salários seriam muito baixos e podem ser compensados com pequeno aumento nas taxas de intensificação da pecuária.

O principal resultado do estudo mostra que se todo o desmatamento – e a consequente expansão da fronteira agrícola – no Brasil acabasse imediatamente, seja legal ou ilegal, incluindo terras públicas e privadas, haveria um impacto mínimo na economia do país. Isso significaria uma redução de apenas 0,62% do PIB acumulado entre 2016 e 2030, o que corresponderia a uma diminuição do PIB de R$ 46 bilhões em 15 anos, ou R$ 3,1 bilhões por ano.

Para acompanhar o tema, a plataforma #Quantoé? Plantar Floresta, lançada em 2016, trouxe resultados neste ano: em maio, a plataforma online foi divulgada em mais de 360 rádios, se mostrando uma ferramenta útil para ajudar a calcular o valor necessário para recuperar áreas desmatadas.

 

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