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Por Instituto Escolhas

03 agosto 2017

3 min de leitura

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Mapa interativo mostra emissões de GEE por estado no Brasil

Estudos apontam que, por conta das emissões, chance de aumento da temperatura global ficar abaixo de 2ºC até 2100 é de apenas 5%

Qual estado brasileiro ocupa o ranking dos maiores emissores do país? O mapa interativo do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) – uma iniciativa do Observatório do Clima – traça o perfil das emissões de gases de efeito estufa de cada estado do Brasil, além de mostrar o desmatamento a partir do setor agropecuário e da produção de energia.

A plataforma digital traz dados sobre as emissões brasileiras entre os anos de 1970 e 2015 e apresenta como cada setor econômico contribuiu para o aumento das emissões. É possível navegar obtendo informações dos setores de energia, agropecuária, mudanças de uso da terra, processos industriais e resíduos.

Em termos de emissões gerais, os estados que mais emitiram poluentes foram Mato Grosso, Pará, Minas Gerais, São Paulo e Bahia. Mato Grosso, líder no ranking de emissões, tem a maior parte de poluentes concentrados na mudança de uso da terra e florestas (desmatamento), assim como o Pará e Bahia. Já em Minas Gerais, as emissões se dividem, principalmente, entre mudança do uso da terra e florestas, energia e agropecuária. Em São Paulo, as emissões são predominantes no setor de energia.

Para acessar o mapa e fazer simulações, clique aqui.

O aumento da temperatura

Estudos publicados recentemente por diferentes institutos de pesquisa indicam que o aquecimento do planeta pode passar dos 2ºC até o fim do século, mostrando a importância de se conhecer os patamares e motivos das emissões dos estados brasileiros. De acordo com um dos estudos publicados na revista Nature Climate Change, as chances de o aquecimento médio global ficar abaixo dos 2ºC é de apenas 5%.

Os países defenderammeta um aumento máximo de 1,5ºC na temperatura global por causa dos impactos severos em seus meios de subsistência caso esse limite seja excedido. “De fato, os danos causados pelo calor extremo, seca, extremos climáticos e elevação do nível do mar serão muito mais severos se o aquecimento de 2 graus ou mais for permitido”, afirmou Dargan Frierson, professor de Ciências Atmosféricas na Universidade de Washington e coautor do estudo, em matéria publicada pelo portado do jornal O Globo. “Nossos resultados mostram que uma mudança abrupta no curso é necessária para atingirmos esses objetivos.”

Os resultados são similares aos relatórios divulgados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que descrevem quatro cenários possíveis de acordo com as emissões futuras de gases-estufa. O novo estudo se concentra em três variáveis que sustentam os cenários sobre emissões futuras: população mundial, produto interno bruto por pessoa e a quantidade de gases-estufa emitidos por cada dólar de atividade econômica, dado conhecido como intensidade de carbono. Com projeções estatísticas de cada uma dessas três variáveis, seguindo dados dos últimos 50 anos, os pesquisadores afirmam que o aquecimento médio em 2100 deve ser de 3,2ºC, com 90% de chances de ficar entre 2 e 4,9ºC.

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