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Notícias
Por Instituto Escolhas
16 janeiro 2018
3 min de leitura
Desejo de melhoria no transporte público é unanimidade nacional
Pesquisa encomendada pelo iCS e Escolhas mostra que 98% da população quer melhoria no transporte público
Segundo pesquisa realizada pela Ideia Big Data para o Instituto Clima e Sociedade (iCS) em parceria com o Instituto Escolhas, ao contrário do que acontece com a política, não há polarização quando o assunto é mobilidade urbana: transporte público e transporte ativo (pedestres e ciclistas) devem ser a prioridade. A pesquisa ouviu 3.000 brasileiros de todas as regiões do país.
A absoluta maioria da população é a favor da melhoria na qualidade do transporte público (98%) e na infraestrutura e políticas públicas para favorecer pedestres e ciclistas (96%), bem como à priorização de investimentos em transporte público ao invés de infraestrutura para carros (90%). A melhoria no transporte público também passa pela criação de incentivos fiscais para a troca da frota de ônibus nacional por ônibus elétricos, sem custo adicional para o usuário (94%), assim como a políticas que favoreçam a criação de faixas exclusivas de ônibus e integração tarifária (93%).
O estudo também oferece um caminho para discussões eleitorais no futuro. Segundo a pesquisa, os entrevistados têm uma clara intenção de votar em candidatos que proponham melhorias no transporte público, como a renovação da frota de ônibus (85%) e a expansão da malha de metrô e trem (82%). Similar é o apoio indicado aos candidatos que proponham recuperar calçadas e praças (86%) e construir ciclovias e ciclofaixas (84%).
“A visão do brasileiro com relação a esse tema está mais madura e consistente com uma cidade que olha para o futuro. A atual prioridade política que prioriza carros e motos, e com isso piora a qualidade do ar e a saúde da população, emite gases de efeito estufa, e faz com que todos percam horas incontáveis no transito, tende a estar cada vez mais com os dias contados”, disse Walter Figueiredo De Simoni, coordenador de transportes do Instituto Clima e Sociedade. “Essa é uma sinalização importante para discussões políticas daqui em diante: será preciso investir no pedestre, no ciclista e no usuário de transporte público limpo e de qualidade para garantir a satisfação da população”.
Urgência
A melhoria do transporte público surge como uma urgência, e não é de se estranhar, portanto, que as empresas de ônibus tenham recebido a pior avaliação entre as que foram analisadas pela pesquisa: 57% dos entrevistados declararam ter uma visão negativa delas. No outro extremo, estão os aplicativos de transporte privado, com 81% de aprovação e utilizados por 32% dos entrevistados da amostra. Dentre os entrevistados que disseram usar os aplicativos de transporte privado, 49% deixaram de usar o transporte público, sendo a maioria mulheres (61%) e jovens de 16 a 24 anos (30%).
Para Sérgio Leitão, diretor executivo do Escolhas, “o conforto dos usuários do Uber não pode agravar ainda mais os problemas de mobilidades das grandes cidades brasileiras, que já sofrem os problemas causados pelo mar de carros que inundam nossas ruas todos os dias”. Para além disso, “a fuga dos usuários do setor de transporte públicos para o Uber está provocando uma perda de receita que vai complicar ainda mais a já delicada situação financeira do setor, prejudicando os extratos de mais baixa renda, que só podem contar com o ônibus e o trem para os seus deslocamentos”, completa Sérgio.
Quando questionados sobre qual seria seu meio de transporte ideal, o brasileiro elegeu o carro em primeiro lugar (30%), seguido do ônibus (19%), da bicicleta (16%) e do metrô (12%). Dentre os meios de transporte utilizados com frequência maior ou igual a duas vezes por semana, o mais citado foi o a pé, utilizado por 74% dos entrevistados, seguido do ônibus (57%), carro (49%), carona (37%), aplicativos de carro, como o Uber (32%), bicicleta (22%) e trem e metrô (19%).
Veja a pesquisa completa aqui.
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